A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade nesta quarta-feira (26) que o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete de seus aliados se tornarão réus pela tentativa de golpe de Estado. O julgamento, que envolve a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), reconheceu o mérito da acusação e os acusados agora enfrentarão uma ação penal.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, destacou a violência dos atos do dia 8 de janeiro e apresentou evidências substanciais da materialidade dos crimes, incluindo imagens de acampamentos em frente a quartéis e ataques violentos durante a diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Moraes se referiu aos eventos como uma "verdadeira guerra campal" e questionou os atos violentos com um vídeo que evidenciava os ataques e depredações.
Os aliados de Bolsonaro que também se tornaram réus são: Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Alexandre Ramagem, Anderson Torres, Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira e Mauro Cid.
Em sua defesa, Bolsonaro contestou a competência do STF para julgar o caso, argumentando que o julgamento deveria ocorrer no Plenário, e não na Primeira Turma. A defesa também levantou questões sobre o acesso incompleto às provas coletadas durante a investigação. No entanto, a Primeira Turma rejeitou todas as alegações processuais apresentadas pelos advogados, dando sequência ao processo penal.