Maranhão lidera ranking de desmatamento no Brasil em 2024, apesar de queda de 34%
Estado perdeu mais de 218 mil hectares de vegetação; ritmo diário equivale a quase 600 hectares desmatados por dia.
Por Administrador
Publicado em 16/05/2025 09:30
Maranhão

Mesmo com uma redução de 34,3% no desmatamento em 2024, o Maranhão lidera o ranking nacional de perda de vegetação nativa, de acordo com o novo Relatório Anual do Desmatamento (RAD) divulgado pela rede MapBiomas nesta quinta-feira (15). No total, foram 218.298 hectares de vegetação destruídos no ano passado — o que representa uma média de quase 600 hectares por dia.

Nos últimos seis anos, o desmatamento acumulado já representa cerca de 2% do território maranhense, com picos em 2020 e 2023. A maior parte da devastação (95,4%) ocorreu no bioma Cerrado, enquanto apenas 4,6% afetou a Amazônia Legal no estado.

Municípios como Balsas, Caxias, Mirador e Fernando Falcão estão entre os mais afetados. Balsas lidera a lista com mais de 16 mil hectares desmatados, embora tenha apresentado uma redução de quase 55% em relação ao ano anterior. Já cidades como Urbano Santos e São Félix de Balsas registraram aumento expressivo na área devastada.

Confira os dez municípios com maior desmatamento em 2024:

Município Área desmatada Média diária Variação 2023/24
Balsas 16.252 ha 45 ha/dia -54,9%
Caxias 10.006 ha 27 ha/dia -27,1%
Mirador 9.077 ha 25 ha/dia -34,5%
Fernando Falcão 8.066 ha 22 ha/dia +24,8%
São Félix de Balsas 7.171 ha 20 ha/dia +55,6%
Grajaú 6.621 ha 18 ha/dia -42,8%
Loreto 5.831 ha 16 ha/dia -12,5%
Alto Parnaíba 5.761 ha 16 ha/dia -80,3%
Urbano Santos 5.669 ha 16 ha/dia +82,9%
Carolina 5.376 ha 15 ha/dia -34,2%

Embora o Brasil tenha registrado queda geral de 32,4% no desmatamento, os números do Maranhão acendem alerta ambiental, principalmente pela intensidade da perda vegetal em um estado de médio porte territorial.

 

As autoridades ambientais e o governo estadual ainda não comentaram oficialmente os dados, mas especialistas apontam para a necessidade de ações urgentes de fiscalização e políticas de uso sustentável da terra para conter o avanço da destruição.

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