Vice-governador do MA alerta para risco à reeleição de Lula por racha no grupo governista local
Felipe Camarão, único vice-governador do PT no país, critica articulações de Brandão e diz que divisão no Maranhão pode enfraquecer palanque de Lula e abrir espaço para adversários.
Por Administrador
Publicado em 14/07/2025 10:00
Maranhão

O vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), manifestou preocupação com a possibilidade de divisão no grupo político que dá sustentação ao presidente Lula no estado. Segundo ele, o racha protagonizado pelo governador Carlos Brandão (PSB) pode comprometer tanto a votação do petista no Maranhão em 2026 quanto a permanência de um nome aliado no comando do governo estadual.

Sabe quem é o maior prejudicado com isso? É o Lula. Porque se o nosso time se divide aqui, como o Brandão está rachando, o maior prejudicado vai ser o Lula. A tendência é a votação dele cair aqui no Maranhão se a gente sair separado”, afirmou Camarão, em entrevista recente.

O impasse gira em torno do acordo político firmado ainda em 2022: Brandão sairia candidato ao Senado em 2026 e apoiaria o vice, Felipe Camarão, ao Palácio dos Leões. No entanto, o atual governador estaria articulando a candidatura de seu sobrinho, Orleans Brandão, o que rompe o pacto e provoca tensão interna no grupo.

Camarão, que tem reforçado sua aproximação com a nova direção nacional do PT, sob comando de Edinho Silva, cobra a recomposição da unidade e reafirma que sua prioridade é a reeleição de Lula.

Eu sou o único vice-governador do PT no Brasil. Minha prioridade zero é a reeleição do presidente Lula. Depois que eu vou pensar na minha, né?”, disse.
Se o time sair dividido, pode haver no Maranhão um terceiro agente fora do Lula que pode vencer as eleições do ano que vem. A gente pode ter dois prejuízos: o Lula cair bem a votação e outro nome vencer o governo”, alertou, citando a possibilidade de o atual prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), disputar o governo estadual com chances reais.

Para fortalecer sua pré-candidatura, Camarão tem buscado apoio de figuras estratégicas no PT nacional. Ele afirma contar com o respaldo de Edinho Silva, presidente nacional da sigla, além de nomes como Gleisi Hoffmann, André Ceciliano e Wellington Dias.

Esse acordo teve o presidente Lula e a presidente Gleisi como avalistas. E o Edinho, com quem fui eleito como delegado nacional do PT, já me reafirmou várias vezes que a prioridade é a nossa candidatura aqui no Maranhão”, completou.

 

O cenário político no estado ainda é incerto, e a condução dessa disputa interna deve ser decisiva para o palanque de Lula em 2026.

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