‘Tive muita sorte de estar vivo’, diz maranhense ferido em missão na guerra da Ucrânia
Rafael Paixão, de Imperatriz, perdeu parte da perna ao pisar em mina-borboleta e aguarda retorno ao Brasil após sobreviver a quase 20 dias desaparecido.
Por Administrador
Publicado em 21/07/2025 11:06
Maranhão
Rafael Paixão se voluntariou para servir como soldado na guerra, mas recentemente perdeu parte da perna ao pisar em uma mina terrestre. — Foto: Reprodução/TV Mirante

O maranhense Rafael Paixão, de 29 anos, natural de Imperatriz, segue internado em um hospital na Ucrânia após sofrer um grave ferimento durante uma missão militar. Integrante do 3º Batalhão de Brigada de Assalto, Rafael pisou em uma mina-borboleta, um tipo de armamento proibido internacionalmente, que resultou na amputação de parte de sua perna esquerda.

Após o acidente, ele precisou se arrastar por cerca de nove quilômetros até conseguir ajuda. Rafael ficou desaparecido por quase 20 dias, aumentando a angústia de familiares e amigos. Em entrevista exibida pelo programa Fantástico, o combatente brasileiro relatou, com emoção, que o plano agora é se recuperar, colocar uma prótese e voltar para casa. “Tive muita sorte de estar vivo e poder contar essa história hoje”, afirmou.

As minas-borboleta, que feriram Rafael, medem entre 7 e 10 centímetros e são conhecidas por seu formato que lembra uma hélice. Apesar de sua aparência inofensiva, elas causam mutilações graves e são proibidas por convenções internacionais, justamente por atingirem civis com frequência.

 

Rafael agora aguarda a liberação médica e apoio para retornar ao Brasil, onde pretende reencontrar sua família e iniciar o processo de reabilitação. Sua história é mais um retrato das cicatrizes profundas deixadas por conflitos armados e da luta por sobrevivência em meio à guerra.

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