Reconstituição do assassinato de influenciadora é realizada sem acusados presos
Perícia busca esclarecer dúvidas sobre o calibre da arma usada na morte de Adriana Oliveira; Justiça havia negado pedido de adiamento.
Por Administrador
Publicado em 11/12/2025 14:05
Notícia
Um esquema de segurança foi montado no entorno da casa em Santa Luzia para garantir a realização da reconstituição do crime e o cumprimento do cronograma pericial. (Foto: Reprodução/TV Mirante)

A simulação do crime que resultou na morte da influenciadora Adriana Alves Oliveira foi realizada nesta quarta-feira (10), em Santa Luzia, Maranhão. O procedimento pericial ocorreu após a Justiça negar o pedido de adiamento feito pela acusação e teve como foco principal esclarecer o calibre da arma utilizada no feminicídio, ocorrido em 15 de março.

 

No local do crime, peritos encontraram uma munição deflagrada, que ainda será submetida à perícia do Instituto de Criminalística para análise.

 

Perícia acústica gera controvérsia

 

O procedimento, solicitado pela defesa de Antônio Silva Campos e Valdy Paixão, pai e filho presos como suspeitos de serem os mandantes do assassinato, incluiu uma perícia acústica para analisar o som emitido pela arma, sua potência em decibéis e a propagação.

 

A divergência principal reside no método:

A influenciadora Adriana Oliveira, de 27 anos, foi morta a tiros em março, em Santa Luzia. (Foto: Reprodução/Instagram)

Acusação: Solicitou que a reconstituição fosse feita com um revólver de calibre 38.

 

Defesa: Argumenta que a ordem processual foi invertida, pois o tipo de arma e a compatibilidade da munição com as lesões da vítima deveriam ser identificados antes da simulação.

 

Para tentar traçar a sequência de ações e esclarecer as circunstâncias do assassinato, a simulação envolveu a captação de áudios de disparos de três armas de calibres diferentes. Por se tratar de uma ação pericial, os acusados não participaram da simulação.

 

Esquema de segurança e participação limitada

 

Para garantir a segurança e o cumprimento do cronograma, um esquema de segurança foi montado no local. Familiares de Adriana se reuniram nas proximidades da casa onde o crime ocorreu.

 

Apenas advogados de defesa, o promotor de Justiça, o advogado de acusação e o pai de Adriana foram autorizados a acompanhar a simulação de perto.

 

Dor da família e andamento das prisões

 

Além de Antônio e Valdy Paixão, o sogro e o marido de Adriana, outros dois homens estão presos por suspeita de participação no crime, sendo João Batista dos Santos apontado como o executor.

 

O pai de Adriana lamentou a perda da filha, destacando os números alarmantes de feminicídio no estado. A mãe da influenciadora expressou o sofrimento contínuo de acompanhar o processo. "Parece que está acontecendo tudo de novo. Fico muito abalada," desabafou, acrescentando que encontra força nas outras filhas e no neto de Adriana.

 

Fonte: G1 MA

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