A simulação do crime que resultou na morte da influenciadora Adriana Alves Oliveira foi realizada nesta quarta-feira (10), em Santa Luzia, Maranhão. O procedimento pericial ocorreu após a Justiça negar o pedido de adiamento feito pela acusação e teve como foco principal esclarecer o calibre da arma utilizada no feminicídio, ocorrido em 15 de março.
No local do crime, peritos encontraram uma munição deflagrada, que ainda será submetida à perícia do Instituto de Criminalística para análise.
Perícia acústica gera controvérsia
O procedimento, solicitado pela defesa de Antônio Silva Campos e Valdy Paixão, pai e filho presos como suspeitos de serem os mandantes do assassinato, incluiu uma perícia acústica para analisar o som emitido pela arma, sua potência em decibéis e a propagação.
A divergência principal reside no método:

A influenciadora Adriana Oliveira, de 27 anos, foi morta a tiros em março, em Santa Luzia. (Foto: Reprodução/Instagram)
Acusação: Solicitou que a reconstituição fosse feita com um revólver de calibre 38.
Defesa: Argumenta que a ordem processual foi invertida, pois o tipo de arma e a compatibilidade da munição com as lesões da vítima deveriam ser identificados antes da simulação.
Para tentar traçar a sequência de ações e esclarecer as circunstâncias do assassinato, a simulação envolveu a captação de áudios de disparos de três armas de calibres diferentes. Por se tratar de uma ação pericial, os acusados não participaram da simulação.
Esquema de segurança e participação limitada
Para garantir a segurança e o cumprimento do cronograma, um esquema de segurança foi montado no local. Familiares de Adriana se reuniram nas proximidades da casa onde o crime ocorreu.
Apenas advogados de defesa, o promotor de Justiça, o advogado de acusação e o pai de Adriana foram autorizados a acompanhar a simulação de perto.
Dor da família e andamento das prisões
Além de Antônio e Valdy Paixão, o sogro e o marido de Adriana, outros dois homens estão presos por suspeita de participação no crime, sendo João Batista dos Santos apontado como o executor.
O pai de Adriana lamentou a perda da filha, destacando os números alarmantes de feminicídio no estado. A mãe da influenciadora expressou o sofrimento contínuo de acompanhar o processo. "Parece que está acontecendo tudo de novo. Fico muito abalada," desabafou, acrescentando que encontra força nas outras filhas e no neto de Adriana.
Fonte: G1 MA