A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) destacou, nesta semana, a importância de inserir o Maranhão no centro do debate sobre a Margem Equatorial, área com elevado potencial energético que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte. Durante seminário realizado no estado, a parlamentar defendeu que o avanço da exploração de petróleo e gás na região pode gerar impactos econômicos grandiosos para o Maranhão.
“Elaborar esse debate aqui é estratégico. A Margem Equatorial representa um potencial extraordinário, comparável ao do pré-sal. Já estamos em fase avançada de estudos e agora aguardamos o início da exploração em si. Isso pode transformar a economia do nosso estado”, afirmou Eliziane.
A senadora lembrou que o Maranhão abriga duas importantes bacias na Margem Equatorial — a Pará-Maranhão e a de Barreirinhas —, onde, segundo dados da Companhia Maranhense de Gás (Gasmar), há estimativas de bilhões de barris de petróleo.
O superintendente do Sesi no Maranhão, Diogo Lima, reforçou que o cenário geopolítico atual, com instabilidade energética global, torna o debate ainda mais urgente. “É preciso conciliar licenciamento responsável com a preservação do ecossistema amazônico. Mas o Brasil também precisa garantir segurança energética. A Margem Equatorial pode ser parte da solução”, avaliou.
Apesar do entusiasmo, a exploração da Margem Equatorial tem gerado discussões entre os setores produtivo e ambientalista, já que parte dos blocos com potencial econômico está localizada em áreas sensíveis, próximas à foz do Rio Amazonas.
O seminário também contou com os painéis “Perspectivas Institucionais e Regulamentares para a Margem Equatorial” e “Desenvolvimento Econômico e Sustentabilidade Regional”, nos quais especialistas apresentaram análises técnicas sobre o equilíbrio entre crescimento econômico e preservação ambiental.