Eduardo Bolsonaro anuncia que permanecerá nos EUA e se licenciará do mandato
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, em um vídeo publicado em suas redes sociais nesta terça-feira (18/3), que tomou "a decisão mais difícil de sua vida".
Por Administrador
Publicado em 18/03/2025 22:24
Economia

O Deputado Federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou que irá se licenciar do mandato na Câmara para permanecer nos Estados Unidos. Ele pretende se dedicar a uma campanha para pressionar o governo Donald Trump a atuar em favor da anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro no Brasil e a impor sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, relator do processo que acusa Jair Bolsonaro de tentativa de golpe de Estado.

Eduardo, que não é investigado ou indiciado em nenhum processo judicial até o momento, afirmou ser vítima de perseguição política e classificou Moraes como "psicopata" e chefe de uma suposta "gestapo da Polícia Federal". Ele também criticou o que chama de "regime de exceção" no Brasil, reforçando sua postura de denúncia no exterior.

Após o anúncio, a Procuradoria Geral da República (PGR) se posicionou contra um pedido de parlamentares para reter o passaporte de Eduardo, e o STF arquivou a solicitação no mesmo dia. Apesar disso, até o fim da tarde de terça (18/3), Eduardo ainda não havia formalizado seu pedido de licença na Câmara, que será avaliado pelo presidente da Casa, Hugo Motta.

A decisão ocorre após o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, comunicar a Eduardo que ele não seria indicado à presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Paralelamente, Jair Bolsonaro, ao comentar a decisão do filho em um evento, chorou e agradeceu ao apoio de Trump.

 

Eduardo tem realizado constantes viagens aos EUA para articular medidas contra decisões do STF, incluindo uma nota recente do Departamento de Estado dos EUA que acusa o Brasil de censura por ações relacionadas a redes sociais como X e Rumble. A articulação ocorre em meio à crescente possibilidade de julgamento de Bolsonaro pelo STF, que decidirá em 25 de março se o ex-presidente se tornará réu.

Comentários