A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta segunda-feira (1º) a manutenção da bandeira tarifária vermelha no patamar 1 para o mês de julho. Com isso, as contas de luz seguem com uma cobrança extra de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, valor que já havia sido aplicado em junho.
A medida reflete a persistência de um cenário desfavorável nos principais reservatórios hidrelétricos do país, consequência da baixa incidência de chuvas neste período. Como resultado, o governo precisou acionar usinas termelétricas para garantir o suprimento de energia. Essas usinas, porém, têm custo de operação mais elevado, o que impacta diretamente a tarifa paga pelos consumidores.
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias tem como objetivo indicar, mês a mês, as condições de geração de energia no país. As bandeiras variam entre as cores verde (sem cobrança extra), amarela e vermelha (com dois níveis), e refletem o custo de produção da energia. De dezembro de 2024 a abril de 2025, a bandeira esteve na cor verde. Em maio, passou para a amarela, e desde junho permanece na vermelha, patamar 1.
A Aneel reforçou, em nota, que o sistema de bandeiras tarifárias oferece maior transparência aos consumidores, permitindo decisões mais conscientes sobre o uso de energia em tempos de escassez hídrica e alto custo de geração.