Trump ameaça tarifas de 100% à Rússia e retoma apoio militar à Ucrânia
Presidente dos EUA exige cessar-fogo na guerra em até 50 dias e anuncia envio de sistemas antimísseis Patriot; ameaça econômica marca novo capítulo na pressão contra Moscou.
Por Administrador
Publicado em 14/07/2025 16:30
Mundo
Mark Rutte e Donald Trump — Foto: Kevin Dietsch/Getty Images/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (14) que irá impor um pacote de "tarifas severas" à Rússia, caso o governo de Vladimir Putin não aceite um cessar-fogo na guerra contra a Ucrânia dentro de um prazo de 50 dias. A medida marca uma mudança significativa na postura de Trump em relação ao conflito e reacende sua aliança com o governo de Kiev.

Durante uma reunião na Casa Branca com o novo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, Trump afirmou que as tarifas poderão atingir até 100% sobre produtos russos, dobrando as taxas atualmente em vigor. Em comunicado oficial, a Casa Branca confirmou que, em caso de descumprimento do prazo, a tarifa será de fato aplicada.

"Estamos muito, muito insatisfeitos com a Rússia", declarou o presidente, deixando claro que sua administração exigirá avanços concretos nas negociações de paz.

Além da pressão econômica, Trump anunciou o envio de novos sistemas de defesa aérea Patriot para a Ucrânia — equipamento altamente sofisticado e considerado provocativo por Moscou. O envio marca a retomada do apoio militar norte-americano ao governo ucraniano, após um período de tensões e suspensão de ajuda por parte do Pentágono no fim de julho.

Cada unidade do sistema Patriot custa cerca de US$ 3 milhões (aproximadamente R$ 15,6 milhões) e representa o mais avançado aparato de defesa enviado pelo Ocidente ao país em guerra. Putin já havia declarado anteriormente que o uso desses sistemas na Ucrânia seria encarado como uma provocação direta.

 

Com as declarações, Trump reconfigura sua estratégia externa diante da guerra, adotando uma retórica mais dura contra Moscou e reforçando o comprometimento dos EUA com a segurança europeia e o apoio a Kiev.

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