Mais de 80 pessoas morreram e pelo menos 40 estão desaparecidas após as enchentes devastadoras que atingiram o estado do Texas, nos Estados Unidos, segundo boletim oficial divulgado nesta segunda-feira (7). A tragédia, considerada uma das piores em um século, foi provocada pelo transbordamento abrupto do Rio Guadalupe, que elevou seu nível em cerca de 9 metros em apenas duas horas, após fortes chuvas.
Entre os mortos, ao menos 27 meninas e monitoras perderam a vida no acampamento cristão Camp Mystic, localizado em uma das áreas mais afetadas. O diretor e proprietário do local, Dick Eastland, também morreu ao tentar salvar outras vítimas. A identidade e a idade das meninas ainda estão sendo apuradas. “Estamos devastados e seguimos em oração pelas meninas desaparecidas e suas famílias”, informou a direção do acampamento em comunicado oficial.
Em meio à comoção nacional, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que pretende visitar o Texas na próxima sexta-feira (11). “Esta é uma catástrofe que acontece uma vez a cada 100 anos no Texas. É horrível de assistir. Queria ir hoje, mas demos um tempo para não atrapalhar os trabalhos”, declarou.
Mais de 5 milhões de pessoas seguem sob alerta de inundações, que foi prorrogado até as 20h desta segunda-feira, devido à previsão de novas tempestades e chuvas intensas, que podem somar até 25 centímetros de precipitação em algumas regiões, segundo o Serviço Nacional de Meteorologia (NWS).
O socorro às vítimas tem mobilizado centenas de agentes federais, incluindo membros da Guarda Costeira dos EUA. Um dos destaques é o socorrista Scott Ruskan, considerado um "herói americano" por salvar, sozinho, 165 pessoas apenas no Camp Mystic. Essa foi sua primeira missão de resgate. “Sua coragem altruísta representa o espírito da Guarda Costeira”, afirmou o Departamento de Segurança Interna (DHS).
Autoridades locais alertam que o número de vítimas ainda pode aumentar nas próximas horas, à medida que as buscas avançam nas áreas mais afetadas pela enchente.